EU E O AMOR
Olhando as flores secas no canteiro,
Refaço a minha história, pois é nelas
Que vejo quanto o amor, o derradeiro,
Fenece em cada frase que revelas.
O tempo destruindo por inteiro
Fotografias toscas que amarelas,
Matando o que restou de verdadeiro,
Constrói a cada ausência duras celas.
Sou triste e nada deixo por herança,
Senão tolos sonetos em que falo
Do amor imaginário e se me calo
É que carrego vivo na lembrança
Um verso de esperança malfadado,
Dizendo dos engodos do passado...
No comments:
Post a Comment