FRÁGIL LIBERDADE
Há tanto procurei a liberdade
De ter em minhas mãos o meu futuro,
Agora que a incerteza chega e invade,
Percebo quanto o chão se fez tão duro.
O velho coração, tolo e maduro,
Carrega nos bornais tanta saudade,
E quando se vestindo com apuro,
Procura demonstrar serenidade...
Mas tudo não passou de um tosco engodo,
Confundo alguma parte com o todo
E moldo uma escultura falsa e vã.
Mesquinharias foram companheiras,
As horas escapando tão ligeiras,
Negando as mãos da frágil tecelã.
MARCOS LOURES
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