JOGUETE EM TUAS MÃOS
Joguete em tuas mãos? Não mais aceito.
A mesma velha história: solidão.
Levando sempre o barco do meu jeito,
Perdendo ancoradouro e direção,
Um timoneiro tolo, me deleito,
Fazendo da esperança meu colchão,
Mas quando a noite chega e então me deito,
Recomeçando a mesma viração.
O tédio toma conta disto tudo,
E sei que não bastava algum romance,
Com olhos sedutores eu me iludo,
E jogo os velhos dados, pobre sorte.
Sabendo que não tenho qualquer chance,
Cultivo sem remédio, o velho corte...
MARCOS LOURES
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