Monday, October 29, 2012

NUM BECO SEM SAÍDA

Num beco sem saída me deixaste
Que faço se não sei falar inglês?
Eu sei que na verdade tu tentaste,
Mal reparaste a cara do freguês...

Só saio do lugar se houver guindaste
Minha alma é de um eterno pequinês
E peço, mais depressa que se afaste
A velha tentação de ser burguês...

Vestir com galhardia um terno novo,
Usar uma gravata borboleta,
Perder uma fortuna na roleta,

Prefiro a fedentina do meu povo,
Fumando o meu cigarro que é de palha,
Levando pra onde eu for, a minha tralha...

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