Monday, October 22, 2012

QUANDO ESCREVO

QUANDO ESCREVO


“Liberto os meus fantasmas quando escrevo”,
Traduzo os sentimentos que nem sinto,
Poeta, na verdade, às vezes minto,
Decifro o caminhar a cada trevo.

Se sou ou não seria, que me importa?
Voando sem ter asas, ir além,
Poder que a fantasia sempre tem
O de ignorar as chaves, abrir porta.

No embaralhar das letras, sentimentos,
Urgindo ser feliz, perco o astrolábio.
E faço do percalço, meus inventos.

Só sei que não sabendo finjo sábio.
Mergulho num abismo encantador,
Prismático delírio multicor...


MARCOS LOURES

No comments:

Post a Comment