NUNCA É DEMAIS
Querendo este banquete que ofereces
Que traz satisfação aos olhos, boca.
Imperas sobre a fome e se umedeces
Caminhos desejados, voz mais rouca.
Eu quero e se preciso orando em preces
Desejo farta carne crua e louca.
Depois em manso abraço já me aqueces
E penso: comilança foi bem pouca
E recomeço audaz novo jantar
Até me enfastiar e enfim cansado,
Eu quero a sobremesa e muito mais.
Até que uma alvorada venha nos tocar
E num café com broa, preparado
Com teu carinho, amor, nunca é demais...
MARCOS LOURES
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