SONHOS
Amor recolhe os sonhos e embaralha,
Fazendo da alegria, uma tristeza
Na sutileza, o beijo da navalha
Em agridoce serve e põe a mesa.
Amor treteiro, segue a sua sina
De ser alvissareiro em agonia.
Ao mesmo tempo cala e descortina,
Aquece em noite gélida e sombria.
Faz festa e ao mesmo tempo traz velório.
Um bem que nos encanta e nos maltrata,
Da negritude imensa que colore-o
Na noite iluminando em serenata.
Amor um arcanjo híbrido e safado,
É feito salvação, gozo e pecado...
MARCOS LOURES
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